sábado, 8 de maio de 2010

Nova Matematica parte I

O assim chamado Pythagoras


....... A Nova Nova Matemática, como as vezes é chamada, tem grandes objetivos: deixar de lado o ensino voltado para os exercícios e ajudar os alunos a entender e gostar dos conceitos matemáticos. Contudo, na prática, tem sido um amontoado de bobagens. A exercicitação é trocada pela teoria e pela idéia de que os alunos não devem ser receptores passivos de regras mas sim descobridores, gentilmente guiados pelos professores, os quais são co-aprendizes e não autoridades com lições a ensinar. Respostas corretas também não são importantes. Alguns opositores chamam isso de Matemática Integral, pois os alunos frequentemente acabam adivinhando as respostas, de um modo similar ao que ocorre no modismo do Inglês Integral, onde os alunos tentam adivinhar palavras que não conseguem pronunciar. .........

Em verdade, esses vagos objetivos incluem atividades de aula que pouco tem a ver com matemática......, ( por exemplo ), no livro Secondary Math: an integrated approach, focus on Algebra temos a poesia de Maya Angelou, fotos do Presidente Clinton e de gravuras africanas em madeira, sermões sobre nossos pecados ambientais, e mais fotos de alunos chamados Tatuk e Estéban dando conselhos sobre a vida. Também contém elogios à mulher de Pythagoras e faz profundas perguntas como "qual papel devem desempenhar os zoológicos em nossa sociedade?". Contudo, equações só aparecem na página 165, e a primeira vez que uma equação de primeiro grau é resolvida ocorre na página 218 e a resolução é feita por tentativas........

Pior ainda, a Nova Nova Matemática adotou o clássico cozido de obsessões das faculdades de educação sobre sentimentos, auto-estima e toda uma agenda de itens politicamente corretos.

..........A Nova Nova Matemática tornou-se um veículo para o agressivo multiculturalismo que se alastra pelas escolas. O material produzido pelo NCTM ( National Council of teachers of Mathematics ), que está suportando a Matemática Integral, está cheio de sugestões para implementar o multiculturalismo nas aulas de matemática. A Nova Nova Matemática, consequentemente, também vagamente endossa o alegado novo campo da Etnomatemática. A maioria de nós pode pensar que a Matemática é uma disciplina abstrata e universal, que pouco tem a ver com etnicidade. Mas os etnomatemáticos, que estão muito ocupados fazendo congressos e escrevendo livros, afirmam que as pessoas tem uma matemática natural a qual está vinculada à sua cultura. A matemática do Mundo Ocidental, por exemplo, não é universal mas apenas uma expressão da cultura dos brancos sobre os não-brancos. Muito disso vem acompanhado por ataques ao eurocentrismo. Num livro de ensaios sobre Etnomatemática inicia-se lembrando que a Europa não existe, pois é apenas uma península do continente Eurasiano... Boa parte do livro é gasta insistindo que povos sem escrita tinham vários tipos de manifestações matemáticas, de padrões de tecelagem a um osso africano com riscos que deviam ter sido usados para contagem.

Tudo não passa de tolices, mas é onde o multiculturalismo anda agora. A menos que V. vá estudar em uma escola de engenharia que use ábacos Yoruba, ou a menos que V. costume verificar seu talão de cheques ao estilo dos indios navajos, provavelmente o melhor a fazer seja ignorar esse tipo de coisas. .........

Nenhum comentário:

Postar um comentário